Dimensions of Curation Competing Values Model: Tool for Crisis Curating
AAM Virtual Conference - 4 de junho 2020
A sessão “Dimensões dos valores concorrentes de modelos de curadoria: Ferramenta para curadoria de crises”, realizada durante conferência anual da American Alliance of Museums, tratou de um modelo de análise de curadorias que permite refletir sobre o modo predominante que se tem feito exposições.
Começaram por apresentar duas dimensões de análise a respeito de uma curadoria. A primeira diz respeito ao modo de trabalhar do curador, do poder curatorial, resultando numa escala que parte do trabalho solitário, passando pela criação conjunta com co-curadores e assistentes indo até o trabalho mais colaborativo com participação comunitária e decisões horizontais. A segunda dimensão diz respeito ao foco interpretativo, tratando de categorizar aquelas exposições que dão mais enfoque ao objeto, enquanto outras tem como foco principal o público.
Fazendo o entrecruzamento entre estas duas dimensões, o modelo interpretativo descreve a quatro práticas curatoriais. A criação individual voltada ao objeto seria a prática tradicional, enquanto que a voltada ao público seria simpática. Já a criação coletiva voltada ao objeto seria uma prática exclusiva, e voltada ao público seria inclusiva.
Complexificando o modelo para que este seja mais detalhado e abrangente, foi inserida uma terceira dimensão, que se refere à intenção curatorial, sendo os dois polos opostos a democratização da cultura e a democracia cultural. De modo sintético, foram apresentadas as principais características entre os dois polos:
Democratização da cultura
· Amplo acesso/compartilhamento
· Cultiva
· Assume uma visão cultural dominante
· Leva arte ao público/traz o público para a instituição
· Apresentação por especialistas reconhecidos e vinculados à instituição
Democracia cultural
· Inclusão
· Colabora
· Assume que há múltiplas perspectivas/visões culturais
· Discurso embasado na comunidade
· Orientado à ação social / orientado à justiça
· Apresentação por especialistas em cultura
Levando em conta as três dimensões apresentadas (2x2x2=8), o modelo de análise leva então a 8 modos de curar exposições. Traduzimos o quadro mostrado durante a conversa e apresentamos a seguir:
Qual o modelo de exposição predominante no museu no qual você atua? Em uma análise de mais de 100 exposições realizadas nos Estados Unidos em 2019, apenas 11% delas estavam relacionadas à democracia cultural, enquanto que a maioria massiva de 89% das exposições atuava no campo da democratização da cultura. Quais seriam os primeiros passos para caminharmos na direção de uma maior diversidade curatorial, aquela que reconhece e dialoga com uma infinidade de expressões culturais que estão sub-representadas nos museus? Como caminhar em direção a museus que vão além da disseminação do conhecimento e que atuam em seus territórios?
Integrantes da mesa
Ann Rowson Love (Florida State University), Pat Villeneuve (Florida State University), James Burns (Arizona Historical Society, Arizona State University e AAM”s Curators Comitee) e Keidra Daniels (Ruth Funk Center for Textile Arts)
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